Identificado em 2004, começou por ter apenas um número de código como designação: 2006 MN4... E logo se fez notícia, quando se concluiu que, em 2029, iria fazer uma passagem demasiado perto da Terra, levantando até receios de eventual rota de colisão. Hoje sabe--se que passará perto, muito perto, a uma distância semelhante à que estão colocados alguns satélites em órbita. Já tem nome: Apophis, e agora é alvo de um projecto de investigação britânico, que quer acompanhar a sua rota de aproximação à Terra e averiguar a possibilidade de eventuais cenários futuros de colisão com o planeta.
O projecto é apresentado pela Astrium, empresa subsidiária da
European Aeronautic Defense and Space Company (EADS), e tem por fim a monitorização do asteróide, de forma a revelar mais detalhadamente o seu comportamento orbital. O conceito está candidato a um fundo da
Planetary Society, mas exigirá financiamento maior caso seja aprovado e tenha ordem de execução.
Para atingir os objectivos, o projecto exige a construção do Apex (o Apophis Explorer), uma pequena nave comandada por controlo remoto, que deverá encontrar-se com o asteróide em Janeiro de 2014. A partir desse momento, e durante os três anos seguintes, o Apex permitirá a medição detalhada dos parâmetros do asteróide (dimensões exactas, forma, movimento de rotação, composição e temperatura), assim como uma definição pormenorizada da sua órbita em torno do Sol.
Apesar de se saber que não significa um risco imediato para a Terra, a sua passagem, a apenas 36 mil quilómetros do planeta, representa um motivo para o manter sob observação. Uma outra "tangente", em 2036, não motiva preocupações.
In DN