Corrijam-me se estiver a dizer disparates, mas penso que num SCT qualquer desalinhamento num dos espelhos vai ser muito amplificado, pois a luz atravessa o tubo 3 vezes: lente correctora alinhada com primário, primário alinhado com secundário, secundário alinhado com diagonal. Aqui a elevada relação focal típica dos SCT não perdoa tanto os erros de colimação.
Num Newtoniano não existe nenhuma lente correctora, e por isso só uma passagem é que tem que estar bem alinhada: primário alinhado com o secundário e secundário com a ocular.
No entanto, volto a salientar que não faz mal nenhum mexer no telescópio para tentar obter uma colimação perfeita. No mínimo, ganha-se experiência e à-vontade para os casos em que seja mesmo necessário "mexer lá dentro"! ;-)
dUbeni, como diz que leu o livro do Guilherme de Almeida, provavelmente já passou pelos parafusos de fixação do primário. Não sei como é no caso dos Vixen, mas no meu Skywatcher existem 2 parafusos em cada ponto de apoio: de uma forma simplista, um puxa e o outro empurra o espelho. ATENÇÃO AO APERTAR! Se sentir resistência não force, pois pode estar a puxar o espelho contra o outro parafuso e pode partir! Do mesmo modo, se desapertar demasiado os parafusos o espelho pode ficar solto e cair. Provavelmente já sabe destes cuidados, mas não faz mal nenhum relembrar. De resto, penso que será a única coisa que pode correr mal nessa operação. Basta ter alguma sensibilidade para evitar estes problemas.