"FALSO ALARME!!!" |
QuÊ??? :shock:
Tivemos que nos desenrascar sem uma extensão de 50 m por causa de um falso alarme?
Bom, o Carlos Reis desenrascou a solução
Mas também parece-me que só eu e ele é que precisámos dos 220..
Bom, em termos de comentários, eu não queria ser o primeiro, mas posso ir dizendo umas coisas, agora que os sonos já começam a entrar na regularidade..
O Sábado Lisboeta começou fanhoso, debaixo de nuvens! Mas mesmo assim, eu já tinha metido na cabeça que ia, e o dUbeni já sabia que contava com boleia, por isso foi inevitável fazermo-nos à estrada. Mas antes de entrar na autoestrada, restáva-nos um pequeno momento de filme de acção português..
o golpeEu tinha anunciado aqui no fórum que tinha copos especiais topo-de-gama para café, mas infelizmente eles tinham ficado no Algarve! Não me restou outra solução senão dar cobrimento a esta mentira e usar o dUbeni como cúmplice! Dirigímo-nos a uma bomba de gasolina com o propósito de assaltar a loja M24 se modo a trazermos de lá copos de plástico para café! Entramos os dois na loja com uma diferença planeada de escassos segundos, o dUbeni dirigiu-se directamente à caixa, e eu discretamente prossegui rente aos expositores de revistas da FH.. Não, aliás, das comidas e dos chocolates, ou de algo que tivesse aspecto de ser copo de plástico.. O dUbeni usou o seu charme para persuadir a senhora da caixa a oferecer-nos copitos do lote deles. Radiantes pelo sucedido, lá disfarçámos um agradecimento sentido às senhoras da loja, e protamente abandonámos o local deste lucrativo assalto. O golpe rendeu-nos 5 copinhos de plástico para usar à noite, como se fossem nossos!
a viagemA viagem?.. bom, essa fez-se!.. Para que raio criei eu este título aqui?
oops, o almoço!ah, pois.. eu não meti gasolina, e só quando já íamos na N17 é que eu comecei a dar importância à "luzinha amarela".. Como eu ainda não sabia bem em que ponto estávamos da viagem, decidi seguir caminho até Miranda do Corvo, pois o nome, em estilo de "sede de município", sugeria que tivesse uma bomba de gasolina.. Uma vez abastecido o estômago do carro, e sendo já 14:00, optámos por usar a desculpa para encher o nosso depósito ali no restaurante "A Teia".
A dica de que "os pratos do dia são mais rápidos" sugeriu logo que os bifes era coisa para demorar! Por isso optámos por uma espetada de porco com arroz de feijão!
Penso que lá, o prato é o Arroz de Feijão, e a espetada é o acompanhamento, mas estava uma delícia!! Lá sobrou arroz de feijão, que foi pena.. Mesmo assim, faltava um bocadinho de sabor no arroz.. não sei se era falta de sal.. Mas o resto estava uma maravilha.
Posto isto, era altura de ir para o observatório.
o observatórioDepois de uma subida de uns muitos "porcento" (que só à descida ficámos a saber quantos eram) deparámo-nos com aquelas esculturas majestosas em branco marfim, que se movimentavam com o vento, e entoavam barulho de avião sem motor! Não sei quem foi o artista, mas acho que trabalha para a EDP.. O observatório lá estava no cimo do monte.. O céu -- bom, esse, nunca mais falei dele; mas é por que se manteve sempre igual -- tapado estava!.. O observatório, é uma casota quase quadrada bem grandita.. Tem o espaço para receber equipamento debaixo da cúpula e a toda a volta há um corredor com um pequeno auditório, hall de entrada, duas casas de banho, espaço para reuniões (normais ou gAstronómicas) e sala de controlo de equipamento.
o diaBom, lá chegámos, quando já lá estavam os anfitriões, jaclerigo e Carlos Reis
Andei entretido a visitar as instalações, enquanto se fazia tempo por aparecer mais gente, que depois apareceu logo a seguir!
O céu? Tapado!..
lá começámos a sessão altamente informal de palestras, eu enchi as minhas de imagens, mas foi porque me entusiasmei a fazê-las
Falei de montagens equatorias, com a sorte de ter um exemplar mesmo ao meu lado para falar
Não foi nada de muito complicado; pensava que ia aparecer mais gente que não soubesse muito o que elas eram, mas até correu bem.. Discutiram-se umas coisas sobre contrapesos e equilíbrio.. Teve piada.
A seguir o Carlos falou de astrofotografia e das experiências que ele tem tido nesse campo.
Depois voltei eu a falar, desta vez repetindo a apresentação que tinha feito na Astrofesta. Mas finalmente acho que tive uma "audiência" que percebeu bem a coisa
Depois disto, e antes das 20:00, o céu, continuava tapado.. Mas era um tapado diferente.. Era um Tapado que não permitia ver os geradores eólicos! Nem mesmo o marco geodésico a 50 m!
Havia rumores fundamentados na previsão do observatório do Calar Alto, que apontavam que o céu limpava entre as 00:00 e as 3:00.
A partir das 22:00 ou 23:00 começaram a ver-se umas abertas, que em conjunto com os flashes de sinalização dos geradores eólicos davam uma efémeras visões espectaculares! O Glemos tentou fotografá-las, e estou em pulgas para ver essas fotos!..
a noiteCom a pontualidade de um relógio de ponteiros grossos, o céu ficou progressivamente com menos novelos de nuvem a passar-nos por cima. E acabou por efectivamente limpar! O vento persistia, mas abrigados atrás do observatório ele era tolerável. O que se notou imediatamente é que o strobe da sinalização da "ventoinha" eólica era de facto incomodativo, em especial quando alguma humidade ainda persistisse no ar. Parece ser algo que possa chatear a astro-fotografia, quando orientada para aquela zona. Mas em termos de observação visual é capaz de não chatear.
O resto da noite, não sou a pessoa indicada para comentar, pois mantive-me algo à parte da acção.. Montei a minha tralha, mas dada a minha extensão eléctrica precária no meio da erva molhada pelo orvalho não me deram muita confiança para ficar muito tempo por ali. Acabei por não fazer nada de fotografia, apesar de ter tudo montado (à excepção dos cabos). Estava cansado do dia, e o vento e o constante barulho dos geradores causaram uma reacção estranha em mim.. Acabei por não fazer muita coisa. Mas o Miguel Lopes, o Xumaxer, o dUbeni, o Luis Carreira ainda lhe deram forte nas observações e fotografias!
Ainda houve fogo de artifício para os lados de Castanheira de Pêra ou Ribeira Velha..
o fim da noite Quando umas nuvens altas começaram a aproximar-se, foi altura de desmontar a tralha. Alguns partiram logo, outros ficaram para dormir no observatório. Os que ficaram ainda se deliciaram com as sobras do jantar, numa altura em que o céu tapou de vez! Cada um escolheu a ponta do observatório mais confortável, e dormimos (5:00 da manhã) até ao "dia seguinte".
O dia seguinte amanheceu normalmente sem vento, com algumas nuvens e algum sol por entre elas. Tirei as minhas primeiras fotografias nesta altura, de cima do marco geodésico!