(...)rotação caótica em vários eixos...
Isso dos vários eixos, vamos lá ver.. Explicando muito rapidamente, mudar um eixo de rotação (inércia) requer energia! Como tal, um asteróide que rode relativamente rápido, não vai mudar de rodar de um eixo para outro. O que pode acontecer é o eixo de rotação estar ser descrito através de 3 coordenadas, mas pronto, isso é um eixo só na mesma.
Agora, isto, é a rotação dele!... Nós, observadores atentos, também temos o nosso movimento! E aqui é que pode entrar a "bronca".. Porque o asteróide está a rodar de uma forma, mas se se está a deslocar muito rápido, ou se está perto de nós, ou se a deslocação do observador aqui na Terra tem uma interferência demasiado grande na forma como o vemos rodar, aí é que pode haver barraca. Imaginemos que ontem o vimos a rodar de cima, e hoje, porque estamos meio sistema solar mais à esquerda de onde estávamos, e ele 2/5 de sistema solar mais para baixo, agora vêmo-lo rodar de outra forma...
Nesses casos é que é mais chato.. E é preciso entrar com um modelo da variação do ponto de vista para conseguir comparar o que se observou antes com o que se observa agora, e ainda ter em conta a forma esperada do dito cujo asteróide.. Se o tipo está longe, e tem um movimento aparente no céu algo lento, estamos safos em combinar medições feitas em noites próximas/consecutivas..
Agora que eu invejo essas curvinhas de luz todas direitinhas, isso é verdade! Ainda não consegui um raio de uma curva de luz encorajadora (para mim) de um exoplaneta ou estrela variável... Mas essas vão ter que esperar que ando com outro projecto em mãos para o concurso de fotografia deste mês