Penso que a ideia terá partido do que acontece no minuto verde.. Em que num minuto, um tipo que percebe de poli.. de ecologia, digo, fala tão depressa que quem vê nem consegue afinar o seu espírito crítico para dizer se está bem feito ou não. Mas isso é um programa diferente, porque passa no meio do jornal informativo da manhã... O minuto de astronomia, como passa a horários mais extravagantes espalhados pela grelha dos canais, precisava de algo mais extravagante, como efeitos especiais bem fixes (e muito bons, mesmo), pessoas a falar de corpo inteiro a flutuar em cima de um cenário virtual (isto já é discutível), figuras públicas variadas a dar um aspecto variado aos variados programas (isto é mais discutível ainda), e os apresentadores tentarem dar cada um a sua interpretação diferente ao seu programa (que nitidamente nem sempre foi a adequada, e outras vezes foi exagerada, embora alguns tenham fica bem).
Mas pronto, há que não esquecer uma coisa. Estes programas destinam-se não a ensinar alguma coisa de astronomia, mas sim a cativar interesse de quem não saiba nada. Eu bem que preferiria um documentário de astronomia, mas isso sou eu que já sei umas coisas. Aqui estamos a falar de um fenómeno de divulgação científica diferente.
Devidamente enquadrando estes programas no AIA2009, aquilo que eu acho que poderia dizer é que devem ter saído mais caros do que podiam, para o efeito desejado. Se funcionam para aquilo que foram pensados? Acho que sim, ou lá perto. Se havia outras coisas melhores que se podia fazer com o mesmo dinheiro? Talvez, sim..