Caro professor,
Obrigado pela resposta.
A ideia era, enquanto não tenho maneira de eu próprio fazer aluminização, ultrapassar essa desvantagem. Já fiz prateamento mas não dura mais de um ou dois meses. Noutros tempos havia onde aluminizar em Lisboa ou em Almada. Aluminizaram-me alguns (no departamento de estudos matemáticos ou na marinha), mas penso que já não é possível. Uma tentativa de uma aluminização na Univ. Nova ficou uma porcaria, pois penso que nem limparam o vidro correctamente.
Quanto ao efeito cunha, construi em tempos aparelhagem para objectivas de refracção e arranjo maneiras de medir. Como ao longo dos anos fui construindo duas máquinas, uma para fazer as superfícies convexas, outra para as côncavas, que, em poucos minutos desbastam vidros até próximo do polimento, se construisse duas ou três maquinetas de acabamento tipo "mirror-o-matic" (tenho uma), poderia por duas superfícies rapidamente prontas a polir (uma côncava e outra convexa). Trocando as peças de posição, acabava as outras duas. Aumentando o nº de maquinetas (que são relativamente baratas e fáceis de construir, poderia fazer telescópios newton em série e a barreira da aluminização ficava resolvida.
Conheço alguém que trabalhou com uma máquina de vácuo e foi-me dito que, cada vez que se avaria, fica caríssima a reparação. Por outro lado tenho uma ignorância total sobre trabalhar com vácuo e a necessária limpeza dos vidros que, penso, têm de entrar secos na câmara.
Cordialmente,
Joaquim Candeias