A nave Discovery acoplou-se hoje à Estação Espacial Internacional (ISS) como parte da missão de doze dias que realiza para dar prosseguimento à construção do complexo que está em órbita a quase 400 quilómetros sobre a Terra.
O acoplamento ocorreu por volta das 17h12 (locais, quando a ISS passava por cima do sudoeste da China e do noroeste de Bangladesh, informou o controle da missão.
"Houston, o acoplamento está confirmado", disse o comandante Mark Polansky.
"Bem-vindos a bordo", responderam da ISS.
Após a manobra e a realização das operações para igualar a pressão em ambas as naves, a astronauta Sunita Williams juntou-se aos actuais tripulantes da ISS, o astronauta de origem espanhola Mike López Alegría e o russo Mikhail Tyurin.
Williams substituirá na estação espacial o astronauta alemão Thomas Reiter, da Agência Espacial Europeia, que completou seis meses de missão.
Reiter voltará à Terra com a tripulação do "Discovery", que partiu rumo à ISS no Sábado no primeiro lançamento nocturno de uma nave espacial em quase quatro anos.
Antes do acoplamento, a nave fez um giro espacial, efectuado pelo comandante Mark Polansky, para que a tripulação da ISS tirasse fotos da nave, por causa da possibilidade do "Discovery" ter sofrido danos devido ao desprendimento de material de isolamento no momento do lançamento, no Sábado (podem encontrar mais informação
AQUI).
"A manobra foi realizada sem complicações e aproximadamente 300 fotos foram feitas", assinalou o controle da missão no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida).
Uma avaliação inicial das imagens captadas a partir da Terra, no momento do lançamento, assim como pelas próprias câmeras da nave em pleno vôo, revelou que não houve danos consideráveis na estrutura da nave, assinalou a agência espacial americana.
A inspecção tornou-se uma operação de rotina desde a tragédia da nave "Columbia", em 1 de Fevereiro de 2003.
Naquela ocasião, a nave desintegrou-se ao entrar na atmosfera quando voltava de uma missão de 16 dias, num incidente que tirou a vida de seus sete tripulantes.
A tragédia foi provocada por um pedaço de material isolante, que ao se soltar perfurou o lado esquerdo da nave e causou a explosão do Colúmbia ao entrar na atmosfera sobre o território do estado do Texas.
Desde então, os lançamentos tiveram que ser feitos de dia para que as câmeras tivessem uma visão clara da estrutura da nave e do tanque externo.
Durante o seu acoplamento à ISS, os astronautas do Discovery farão três caminhadas espaciais, a primeira amanhã, para montar um novo circuito eléctrico do complexo.
Também acrescentarão um novo módulo e uma viga à estrutura central da ISS, uma empreitada conjunta da Nasa, da Agência Espacial Europeia, da Rússia, do Japão e do Canadá que entrou na órbita terrestre em 1999.
"Muitos de nós consideram que esta é a operação mais difícil que a ISS fará desde que iniciamos a operação de montagem" em 1999, disse Mike Suffredini, director da estação espacial no Centro Espacial Kennedy.
A Nasa prevê outras 14 missões para concluir a construção do complexo espacial antes de 2010. Nesse ano, as naves, que estão operando há mais de 20 anos, serão substituídas por outras maiores e com maior capacidade de carga.
As novas naves serão usadas também para as próximas viagens tripuladas à Lua e, posteriormente, a Marte.
Além de Polansky, Reiter e Williams, os outros membros da tripulação do Discovery são os especialistas Robert Curbeam, Joan Higginbotham, Nicholas Patrick e Christer Fuglesang.
Fonte: Agência EFE in Yahoo News