A colimação não é nenhum bicho de 7 cabeças. Eu aprendi sozinho e à 2a vez acertei na mouche!
Exactamente, Miguel!Algumas indicações apenas:(...) A colimação é o factor intrínseco que mais influencia o bom desempenho óptico de um telescópio (se os seus componentes ópticos forem de boa qualidade). É também, felizmente, um dos poucos cuja correcção está ao alcance do utilizador. (..)
(...) A colimação não é o "papão" que algumas pessoas pensam, mas requer método e paciência. À primeira vez leva mais tempo e convém proceder com cuidado (...). Depois capta-se a técnica e os procedimentos passam a ser menos demorados e mais eficazes (...). (....) Colimar um telescópio é uma operação que se assemelha, nos seus propósitos, à afinação de um instrumento musical. O som de uma viola ou de um piano desafinados é tão desagradável como as imagens produzidas por um telescópio descolimado. Em qualquer dos casos o instrumento, musical ou óptico, terá um comportamento inferior ao que poderia ter, mesmo que seja de fabrico esmerado e marca excelente. Os parafusos de colimação dos telescópios são os equivalentes das cavilhas (ou carrilhões) que permitem afinar as violas e outros instrumentos de cordas. Uns telescópios requerem colimação mais frequentemente que outros, como veremos. (...)
(...) Antes de qualquer tentativa de colimação, convém que o observador se certifique de que o telescópio está realmente descolimado. Para isso é preciso saber detectar a descolimação e apreciar a sua importância: poderá ser uma descolimação ligeira ou uma grande descolimação. Nesta fase não se deve mexer em nenhum parafuso de colimação. A intenção [por enquanto] é apenas de apreciar o alinhamento óptico do telescópio.(...) (...) A colimação dos telescópios faz-se por aproximações sucessivas. De uma situação inicial de maior ou menor descolimação passa-se gradualmente para melhores colimações em fases sucessivas, até obter uma colimação satisfatória. Actuando sucessivamente nos diversos parafusos, vê-se se o resultado melhorou ou piorou a colimação. Se melhorou, continua-se no mesmo sentido; se piorou, faz-se o procedimento inverso. (...)
Transcrevi estes parágrafos ("salteados") da obra "Telescópios", (592 páginas), Plátano Editora, Lisboa, 2004 (Cap. 12, páginas 463 a 496). Podem encontrá-lo na loja ou no site da
Galáctica (
http://www.gem51.com ), na secção Livraria,
Neste livro as coisas estão explicadas e ilustradas passo a passo, com toda a calma e pormenor. Estas operações de colimação são descritas para os vários tipos de telescópios, ao longo de ... 34 páginas.
O Índice pode ser lido em:
http://www.gem51.com/docs/320018_indice_telescopios.pdfBoas colimações
Guilherme de Almeida