Autor Tópico: Lua poderá desintegrar-se no seu final  (Lida 1550 vezes)

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Offline PauloSantos

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Lua poderá desintegrar-se no seu final
« em: Janeiro 29, 2007, 02:07:14 pm »
Sabemos todos que dentro de cerca de 5 mil milhões de anos o Sol se tornará uma gigante vermelha que engolirá os planetas mais próximos. No entanto, quando o limiar da sua superfície se aproximar da Terra e da Lua, a sua atracção gravitacional poderá ser de molde a provocar a desintegração da Lua.

A Lua está a afastar-se da Terra e por essa altura estará 40% mais afastada do que está hoje. A Lua descreve uma trajectória oscilante em torno do Sol, que é consequência da combinação da sua translação com a própria translação da Terra.

A Lua dever-se-á ter formado há cerca de 4,5 mil milhões de anos, e segundo a teoria mais aceite, será o resultado da colisão de um asteróide do tamanho de Marte com a Terra. Os restos ejectados para o espaço colapsaram num imenso turbilhão para formar a Lua. Hoje encontra-se a uma média de 385.000 km da Terra.



Crédito: Space.com


Durante os últimos milhares de milhões de anos, a Lua tem feito subir e descer as marés na Terra, mas está a afastar-se da Terra a 4cm por ano e a provocar uma travagem na rotação da Terra.

Se nada ocorrer de especial a Lua continuar-se-á a afastar da Terra até o seu período de rotação durar 47 dias e a partir desse momento a Lua apenas será visível de um lado da Terra pois o período de rotação da Terra terá também aumentado para 47 dias.

Lee Anne Willson da Universidade do Estado do Iowa diz que “a Lua acabará por ficar sempre mais próxima da Terra na Lua Nova e mais afastada na Lua Cheia".

A transformação do Sol numa gigante vermelha impedirá o afastamento total da Lua e fará com que esta termine os seus dias como começou, isto é, como um conjunto de restos a orbitar a Terra.

“A densidade e temperatura na frente da superfície da estrela crescerão rapidamente" explicou Willson. À medida que a Terra e a Lua forem ficando mais próximas desta região quente em crescimento a atracção provocada pela atmosfera crescente do Sol fará a Lua passar a descrever órbitas mais excêntricas passando cada vez mais próximo da Terra até que passe a 18.470 km acima do planeta passando a sua superfície a estar no limite de Roche.

“A passagem pelo limite de Roche fará que a gravidade que mantém a Lua inteira seja mais fraca que as forças tidais que a querem fracturar" disse Willson.

Na interpretação desta cientista isto fará com que a Lua se fragmente e forme um anel de restos de 23.000 km de diâmetro , restos esses que eventualmente cairão depois para a Terra.

“Partículas de massas diferentes terão tempos de sobrevivência diferentes. Primeiro cairão as partículas mais pequenas e só depois as maiores. Quase todas as partículas terão desaparecido que a Terra atingir a fotosfera solar ” disse Willson.

Se a fotosfera solar atingir a Terra, também a Terra será incinerada. No entanto se o Sol voltar a retroceder antes a sua total incineração, quando o Sol retroceder, a Terra será uma vigilante solitária que perde a sua companheira e assistirá `transformação do Sol em anã branca que ao longo de biliões (milhões de milhões) de anos se tornará numa anã negra.

No entanto, há outros cenários também aceites pela comunidade científica. E de qualquer modo, ainda faltam 5 mil milhões de anos.

Noticia original: http://www.space.com/scienceastronomy/0 ... _moon.html

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por PauloSantos »
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Lua poderá desintegrar-se no seu final
« em: Janeiro 29, 2007, 02:07:14 pm »