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« em: Abril 11, 2007, 07:40:20 pm »
Caro Guilherme de Almeida, obrigado pela resposta. Demorei para perceber que tinha sido respondido, desde que o site é muito rico.
É mesmo - muito depende da distribuição da qualidade ótica na superfície.
Contudo, estranhei a afirmação referente aos espelhos de 15cm f/8, desde que alguns especialistas contestam Texereau...
Um deles é Harold Suiter, uma fera, autor do "Star Testing Astronomial Telescopes". Ele afirma que o espelho de Texereau é near-perfect, e não perfect.
As duas condições D&C, colocadas por Suiter num gráfico na revista Telescope Making, indicam que o espelho só é diffraction-limited a partir de f/10.25, preferencialmente f/12.
No gráfico, as duas condições formam cones, sendo que a condição 2 é atendida a parir de f/8.2 e a condição 2 a partir de f/9.5. Ocorre, no entanto, que os gráficos das funções só coincidem, sobrepõem-se (overlap) a partir de f/10.25. Antes disso, o espelho não pode ser diffraction-limited porque inexiste no sistema algum foco que atenda às duas condições simultâneamente.
Além disso, a imagem de difração não é um disco, mas uma figura geométrica em que a luz é concentrada principalmente no centro. Por isso, em tese, o espelho precisa ser mais do que diffraction-limited.
Especialmente considerando-se que o círculo de menor aberração, pela condição 1, permite que a aberração transversa transmita energia para fora do disco de difração, o que já não ocorre numa parábola de Millies-Lacroix.
Porém o que mais me surpreende é a afirmação do autor, o mais renomado perito em Star Test (inclusive autor de programas de ray tracing), de que observou em espelhos esféricos de 15cm com f/8.2 e f/12 e que, segundo ele, a diferença é gritante a favor do f/12.
Isso conflita com o relato de Ceravolo...
Caro Guilherme, sei que você é especialista... me diga o que acha dessas afirmações de Harold Suiter.
Grato,
Dario