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Mensagens - joaquim candeias

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Discussão Geral / Re: Que Equipamentos Tens? (AQUI)
« em: Fevereiro 24, 2013, 10:15:55 am »
Olá a todos,
Julguei que haveria mais pessoas por estes fóruns (com mais razão neste que será talvez um dos, senão o maior aqui em Portugal).
Parece que há poucos entusiastas de astronomia/telescópios por cá.
Gostaria de dizer que o meu material de astronomia nem sei bem qual é: passei a vida toda (tenho 58a) a juntar material óptico. Gosto mais de óptica que de astronomia (sou literalmente fanático), sendo a astronomia apenas um complemento da óptica. Tenho dezenas de objectivas (incl. russas, inglesas, de refracção e reflexão), muitos telescópios  (o maior um dobson de 400mm orion optics 1/8lamb. mas a maioria chineses, que importei, em que com cada três se faz um razoável, eliminando ora um primário, ora um secundário), 4 ou 5 binóculos e sacos com dezenas (mesmo) de oculares (maioritariamente ploss). Numa visita a Moscovo comprei material que foi um problema para deixarem sair, mas uma notita resolveu a questão. Tenho consciência de que algum do material é lixo, mas tenho pena de deitar fora.
 Cheguei a fazer alguns, ensinado por um senhor que orientava as sessões no planetário (chamava-se Joaquim Garcia- os da minha idade certamente conheceram).
Passei anos a correr ferros-velhos a comprar material militar com elementos ópticos que depois desmontava (só telémetros com 4m desmontei uns três ou quatro) para retirar vidros (muitos planos a 1/10lamb) e lentes/objectivas, prismas etc. Não falhava uma feira da ladra onde aparecia muito material óptico... enfim, uma vida de coleccionador maluquinho das ópticas.
Cheguei a ensinar um grupo de miúdos da minha rua a fazer telescópios mas, na hora de aluminizar, foi sempre um problema.
Ainda não perdi a esperança de ter uma máquina de vácuo para juntar ás máquinas de fazer óptica que tenho (feitas por mim), embora algumas eternamente à espera de ser acabadas.
 Muitos vidros altamente planos têm o problema de ser em vidro óptico que é mais macio, por isso comprei um padrão plano («1/10 lambda) em zerodur com 150mm.
Estive alguns anos arredado, mas parece que o "bichinho" que atrai para as estrelas está de novo a despertar.
Desculpem a longa explanação. É pena não haver mais entusiastas de óptica. Se, por exemplo, na Marinha Grande houvesse alguns, (com os artistas vidreiros) talvez tivéssemos vidros com estrutura leve para fazermos telescópios com dimensões mais a sério (1m?) ;)
Boa saúde  para todos.

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Discussão Geral / Re: Reflexões sobre a escolha de um telescópio
« em: Fevereiro 24, 2013, 12:38:53 am »
Caro professor,
Obrigado pela resposta.
A ideia era, enquanto não tenho maneira de eu próprio fazer aluminização, ultrapassar essa desvantagem. Já fiz prateamento mas não dura mais de um ou dois meses. Noutros tempos havia onde aluminizar em Lisboa ou em Almada. Aluminizaram-me alguns (no departamento de estudos matemáticos ou na marinha), mas penso que já não é possível. Uma tentativa de uma aluminização na Univ. Nova ficou uma porcaria, pois penso que nem limparam o vidro correctamente.
Quanto ao efeito cunha, construi em tempos aparelhagem para objectivas de refracção e arranjo maneiras de medir. Como ao longo dos anos fui construindo duas máquinas, uma para fazer as superfícies convexas, outra para as côncavas, que, em poucos minutos desbastam vidros até próximo do polimento, se construisse duas ou três maquinetas de acabamento tipo "mirror-o-matic" (tenho uma), poderia por duas superfícies rapidamente prontas a polir (uma côncava e outra convexa).  Trocando as peças de posição, acabava as outras duas. Aumentando o nº de maquinetas (que são relativamente baratas e fáceis de construir, poderia fazer telescópios newton em série e a barreira da aluminização ficava resolvida.
Conheço alguém que trabalhou com uma máquina de vácuo e foi-me dito que, cada vez que se avaria, fica caríssima a reparação. Por outro lado tenho uma ignorância total sobre trabalhar com vácuo e a necessária limpeza dos vidros que, penso, têm de entrar secos na câmara.
Cordialmente,
Joaquim Candeias 

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Discussão Geral / Re: Reflexões sobre a escolha de um telescópio
« em: Fevereiro 10, 2013, 04:16:08 pm »
Caro Professor Guilherme,
Peço desculpa da ousadia em estar a ocupar o seu tempo. Gostaria, se estiver para me aturar, de lhe pedir uma opinião.
Tenho máquinas suficientes e alguma facilidade em construir telescópios e acesso a material para o efeito. Ainda não desisti de ter uma câmara de vácuo para sublimação de alumínio, mas, enquanto isso não acontece, gostaria de tentar uma coisa: Hoje há no mercado vidros do tipo borofloat 33, com boa qualidade óptica e baixo coeficiente de dilatação. Fazendo um espelho com duas faces curvas, espelhado atrás, mesmo com tratamento anti-reflexo da face frontal iremos ter a imagem da face frontal a focar um pouco mais à frente, fazendo um halo à volta de uma estrela.
Será que, tentando um ligeiro acentuar da curvatura da face frontal, (que irá encurtar ligeiramente a distância focal dessa face, ao mesmo tempo que faz divergir um pouco mais a reflexão da face posterior, juntando as duas imagens, sem introduzir cromatismo significativo), a diferença de tamanho das duas imagens seria notória, ou conseguir-se-ia um bom telescópio, ultrapassando o problema da aluminização?
Obrigado pela atenção.
Joaquim Candeias

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Alguém aqui no Fórum precisa de vidros para fazer espelhos primários?
Arranjei uma pequena quantidade de vidro float com 25 mm de espessura e cortei algumas bolachas com 150, 200 e 250mm de diâmetro.
Se alguém precisar...

(Olha, não consigo anexar fotos... :()

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Filtros / Re: Filtros Mylar
« em: Dezembro 28, 2008, 08:03:42 pm »
Citação de: "Orion_PKFD"
Quais placas de vidro espelhado? São usadas em que?
Estas placas são usadas em audio-visuais, por exemplo: em retro-projectores em que é necessário desviar a luz, os espelhos normais não têm qualidade suficiente em termos de superfície e, pior ainda, têm um vidro à frente que provoca duas imagens quando se desvia a luz a 45º.
Teoricamente reflectem perto de 98% da luz e eu estava convencido que não se veria nada do outro lado, foi quando me lembrei que talvez fossem melhores que a película Mylar. Ao experimentar verifiquei que, além de uma grande uniformidade quando desloco os olhos ao longo de uma placa grande ( na Mylar, além de demasiado brilho, há variações em pontos diferentes da película ) também a pequena quantidade de luz que passa permite ver o Sol, desculpe a repetição, como se fosse um perfeito disco de papel.
Por outro lado, não tenho limitações de dimensão ( as placas têm 240x180cm ) e o meu melhor telescópio tem 40cm de diâmetro.

Outro pormenor que é apenas a minha opinião pessoal não fundamentada: todos os comprimentos da radiação do Sol são mais ou menos reflectidos pelos objectos e portanto todos eles nos atingem. Aqui o problema estará apenas na percentagem.
Uma vez que, ao olhar directamente o Sol através deste espelho, a quantidade de luz que o atravessa é ínfima ( muito menos brilhante que a lua cheia quando olhada directamente ), apesar de perfeitamente uniforme, e de imagem bastante nítida, estou convencidíssimo que não fará mal, mas só o vou usar quando tiver mais informação.
Por outro lado, sendo estes espelhos executados em placas de vidro para trabalhos de alto rigor profissional ( embora não sendo em vidro óptico ), são seleccionadas as melhores de entre as mais perfeitas que se fabricam, e portanto estou convencido que não introduzirão grande deformação em ampliações razoáveis.

Cumprimentos,
Joaquim Candeias

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Filtros / Re: Filtros Mylar
« em: Dezembro 28, 2008, 12:19:52 pm »
Olá a todos outra vez,
Pelos vistos ninguém está por dentro das películas Mylar.
No entanto, eu próprio fiquei com alguma curiosidade e estive a comparar placas de vidro espelhado de um dos lados e cuja espelhagem tem uma protecção tão eficaz que se pode limpar com bastante à-vontade ( ao contrário dos espelhos de telescópio ) e aí sim, o Sol parecia um disco recortado em papel com muito mais precisão que a película Mylar e com muito menos luz.
Só experimentei a olhar através dele para o Sol e não utilizando qualquer telescópio.
No entanto, estou convencido que um disco recortado deste "espelho" e colocado na boca de um telescópio dá perfeitamente para observar o Sol sem qualquer perigo.
Alguém, desta vez, quer fazer o favor de comentar?

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Filtros / Filtros Mylar
« em: Dezembro 14, 2008, 10:39:37 am »
Bom dia a todos,
Será que alguém me pode fazer o favor de dizer se quando se fala em filtros Mylar se referem àquela película que é utilizada, por exemplo, em audio-visuais ( fabricada também pela Mylar ) para fazer espelhos ( pois a mesma, quando correctamente esticada, dá um espelho com bastante precisão ) e, quando se observa através dela, consegue ver-se o Sol?
No entanto, parece que deixa passar ainda bastante luz que, uma vez concentrada por um telescópio poderá ainda ser demasiada. Além disso, não faço ideia que tipo de radiação ela filtra.
É claro que, também se poderiam por duas ou três de seguida até "apagar" completamente o Sol. :) Mas assim, certamente a soma das deformações introduzidas poderia passar a ser sensível.
Caso seja essa película, eu tenho bastante, até com quase dois metros de largura e poderia oferecer um rectângulo de, por exemplo, 20x20cm ou 30x30cm a quem quisesse ( um por pessoa ).
Cumprimentos a todos.

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Pó Estelar / Re: Cometa 17P/Holmes - OUTBURST mag~3!!!
« em: Outubro 30, 2007, 11:52:13 pm »
Hey pessoal, boa noite!

Tenho muitos telescópios e de vez em quando dou uma espreitadela. Hoje, por acaso espreitei com os binóculos para Perseu e vi algo que a princípio não percebi o que era (uma nebulosa globular?). Mas ali não havia nenhuma !? :s

Fui confirmar com os mapas, pois o meu mundo é mais óptica do que céu e realmente não existia ali nada. Um cometa! Só pode! Mas daquele tamanho e com aquela magnitude?! E como confirmar? Vai daí, uma busca na net por cometas em 2007... nada...

Talvez o pessoal deste fórum saiba alguma coisa, pensei e vinha cá para perguntar quando encontrei este thread. Obrigado por me tirarem a dúvida. :D

Quem ainda não o viu que o faça, está um espanto!

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Dúvidas na Compra / Re:
« em: Outubro 21, 2007, 12:09:13 pm »
Citação de: "Miguel Lopes"
Não é mito. As imagens podem ser mais brilhantes, mas se a luminosidade do céu for superior ao brilho superficial do objecto, não se vê nada, por muito grande que seja o telescópio.
Caros Amigos,
Nunca entrei num forum, mas a vossa discussão deu-me vontade de o fazer. Chamo-me Joaquim Candeias, aprendi a fazer telescópios com o Senhor Joaquim Garcia, construi vários e acabei por dedicar a minha vida á imagem. Apaixonei-me muito mais pela óptica do que pela astronomia, mas o "bichinho" da astronomia começou a bulir comigo de novo nos últimos tempos. Por isso e por razões várias calhou passar por aqui.
Desculpem a introdução, e pegando no tópico, por muito má que seja uma estrada (condições do céu), e se houver recheio na carteira, um ferrari tem SEMPRE melhor desempenho que um fiat. Citando o amigo em cima, e nas circunstâcias que aponta, permita-me acrescentar que "...num pequeno também não, por muito pequeno que seja". Quando a luz for suficiente, em vez de diafragmarem os telescópios e perder definição penso que será muito preferível usar filtros para reduzir a luz e tornar menos visiveis algumas perturbações da imagem.
Pedindo desculpa pela intromissão, desejo a todos longas horas de "prazer astronómico".

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