Pois, é mais ou menos isso..
Muito resumidamente o processo baseia-se em apontar para um sítio que se saiba as coordenadas para as marcar na montagem, e depois rodar o telescópio até às novas coordenadas que nós queremos apontar. Isto subentende que a montagem está bem alinhada.
Vou tentar decompor o problema em sub-problemas, cada um com a sua solução. resolver o problema principal será só juntar as várias soluções pela ordem conveniente
Para se apontar para umas coordenadas, é necessário que a montagem esteja "sintonizada" com céu, e que as coordenadas que ela marcar correspondam às coordenadas que lá vemos. Para isto, é obrigatório que a montagem esteja alinhada com o polo (também chamado "em estação"). (Ver assuntos relacionados com alinhamento de montagens equatoriais)
Além disto será necessário fazer coincidir as coordenadas do céu com as que a montagem tem: isto faz-se, apontando a um objecto com coordenadas conhecidas, e "marcando-as" na montagem (ajustas os círculos graduados até que as coordenadas batam certo). (ver assuntos sobre uso e interpretação de círculos graduados).
Como vai haver sempre um errozito associado, convém fazer isto em objectos perto os dos outros.
Depois, para ir até às coordenadas que queremos, é só rodar o telescópio até que as coordenadas que a montagem lá tem marcadas sejam as desejadas.
Para alinhar as montagens, há uma grande variedade de soluções. Algumas podem obrigar que se tenha o buscador polar bem alinhado com a própria montagem, e pode ser necessário fazer isso também.. Isto é coisa que é feita uma vez e raramente se volta a mexer se deixarmos o buscador polar bem preso à montagem.
O alinhamento da montagem tipicamente é feito uma vez por noite de observação.
O apontar a estrelas de coordenadas conhecidas pode ser feito algumas vezes por noite, quase tantas como objectos observados recorrendo a coordenadas, se estiverem muito distantes uns dos outros no céu.