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Mensagens - Guilherme de Almeida

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Discussão Geral / Re: Última moda de Candeeiros Públicos
« em: Novembro 07, 2009, 05:16:30 pm »
Caros amigos
O meu conselho é de que procurem saber quem contactar. Falem, telefonem, reclamem, insistam sempre. Acaba por resultar.
Já o fiz e com sucesso.
Mas além das Astronomia, digam que vos incomoda, que vos prejudica o sono, etc.

Vejam este interessante simulador de poluição luminosa. É intuitivo é dá resultados imediatos:
http://www.britastro.org/dark-skies/simulator.html

Abraço
GA

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Actividades e Eventos / Palestra amanhã, 23 de Outubro
« em: Outubro 22, 2009, 09:24:22 pm »
Caríssimos

Vou fazer mais uma palestra, a 22.ª deste ano, desta vez sobre a poluição luminosa e os seus problemas.

Será amanhã, 23 de Outubro, pelas 21:30 no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, na Estrada Marginal, São Pedro do Estoril.
Mais informações pelos telefones 214 815 924 ou 960 356 909.

Certamente muitos não conhecem esta palestra. Querem aparecer por lá ? Penso que sabem onde é...

Informação aqui: http://www.nuclio.pt/projectos/000085.html .

Neste link, mais em baixo, há um mapa de localização do sítio.

Abraço
Guilherme de Almeida

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Construir e montar telescópios (ATM) / Re: Compra de Esferómetro
« em: Setembro 20, 2009, 06:10:18 pm »
Caro Paulos

A parabolização á feita com o aparelho de Foucault. Não é com esferómetro.

Presumo que quer o esferómetro para medir (indirectamente) o raio de curvatura da superfície enquanto está a esmerilar a calote esférica inicial. Ou seja, durante o desbaste e esmerilamento, pretende controlar o raio de curvatura e indirectamente a distância focal f=R/2. Desse modo saberá quando já esta perto da curvatura pretendida. E para ir ir controlando essa curvatura durante a marcha do trabalho, até ao polimento da calote esférica (que seguidamente será parabolizada).

Há boas notícias. Também não precisa de esferómetro para isso. Embora a superfície de vidro desbastada com carborundo grosso digamos, 60 ou 90 , ...120 (em seco) não seja suficientemente reflectora, ela já reflecte bem se estiver molhada com água.

Voltando o espelho  para o Sol (ainda apenas desbastado), seguro em ambas as mãos e molhado com água, e focando  a imagem do Sol sobre uma parede (de modo a obter o menor disco luminoso possível sobre uma parede vertical, junto a uma esquina), poderá medir a distância focal do que virá a ser o seu futuro espelho. Basta que, enquanto faz isso, uma outra pessoa, com fita métrica, meça a distância do vértice do espelho à parede.
Note que quando a superfície  fica seca, deixa de ser possível fazer este teste porque o vidro despolido, a seco, não apresenta reflexão especular, mas apenas reflexão difusa. Pode sempre voltar a molhar a superfície.

Era assim que se fazia em 1969, 1970 na Oficina de Óptica do Planetário Gulbenkian, em Lisboa.

Abraço
Guilherme de Almeida

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Discussão Geral / Re: poluição luminosa
« em: Junho 28, 2009, 09:07:40 pm »
Citação de: "nuno ramos"
o meu nome é nuno ramos sou um estudante de realização e vou gravar um talkshow na ETIC , o assunto a discutir é a poluição luminosa dos grandes centros urbanos e que medidas se podem começar a tomar para tornar a iluminação publica mais eficiente e menos poluente, o objectivo do debate é sensabilizar o publico para esta questão, e gostava de ter um convidado " advogado do céu noturno" que se sinta bem á frente das cameras.
quem estiver interessado no assunto por favor contacte-me
muito obrigado

Caro Nuno Ramos
Entretanto já fez o documentário/talkshow ou ainda está a trabalhar nele?.
Podo adiantar-lhe alguma informação.
Aguardo o seu contacto para aqui, ou em mensagem PVT.
Guilherme de Almeida

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Filtros / Re: [DIY] Filtro Solar Home Made
« em: Junho 09, 2009, 01:47:01 pm »
Olá, Dora

Pode procurar a película Baader (e encontra) nos seguintes locais:

a) na BrightStar, www.bs-astro.com ;

b) ou ainda na Astrofoto, www.astrofoto.com.pt .

Bons filtros
Guilherme de Almeida

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Caro amigo

Bom, as duas bolachas de vidro terão de ser de vidros de tipo diferente: a que vai gerar o elemento convergente terá de ser de vidro "crown". A que vai gerar o elemento divergente terá de ser de vidro "flint".
Mas só isso não basta. É preciso conhecer bem as características ópticas de cada vidro, e o
indice de refracção de cada um deles, para três cores diferentes (riscas C, F e d) e pelo menos com cinco casas decimais. Para, a partir daí, determinar o número de Abbe. O vidro tem de ter muita uniformidade óptica, ou seja, tem de ser opticamente homogéneo até um nível de exigência muito elevado. Caso contrário, a boa construção óptica será inútil.

Ou então, se o vidro for encomendado directamente a um fabricante de vidro óptico (Schot, Hoya, LZOS, ...), o que quer dizer caro, o fabricante, nas suas tabelas, dá logo o número de Abbe para cada vidro, essencial ao cálculo das potências focais específicas de cada lente.
Depois o processo envolve algum cálculo e a escolha das curvaturas para cada uma das 4 faces a trabalhar, o que dá alguns graus de liberdade mas impõe optimização.


Um livro que explica, passo a passo, todos os passos práticos a dar é este livro americano:

"MAKING A REFRACTOR TELESCOPE -- HOW TO DESIGN, GRIND, POLISH, TEST CORRECT AND MOUNT A DOUBLET LENS",

da autoria de Norman Remer e publicado pela William-Bell. Este livro pode ser visto e até encomendado aqui:

http://www.willbell.com/tm/refractor-telescope.htm  

Boas observações
Guilherme de Almeida

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Construir e montar telescópios (ATM) / Re: Compra de Esferómetro
« em: Maio 23, 2009, 09:04:05 pm »
Olá, Paulos e Nunomac

Só agora vi os vossos "post"s. Mas, para responder, preciso de saber uma coisa: qual é a ideia?
O que querem fazer com o esferómetro, ou que tipo de uso lhe vão dar?

A minha pergunta até parece (pode parecer) estranha, mas, na verdade, se é para o que estou a imaginar, não será preciso usar nenhum esferómetro.

Céus limpos
Guilherme de Almeida

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Diversos / Re: Um iluminador de buscador polar anti-esquecimento
« em: Maio 22, 2009, 05:17:46 pm »
Excelente projecto, Nelson.

Há uma outra alternativa. Em vez do interrupor mecânico, que implica pressão mecânica sobre ele e tensão mecânica na colagem (quando a tampa está colocada), pode-se usar um interruptor "Reed", do tipo normalmente fechado. Ao aproximar um íman, estes pequenos interruptores são accionados.
--Assim, sem tampa, interruptor fechado=led aceso.
--Colocando a tampa no seu lugar (com um pequeno íman colado do lado de dentro da tampa) o "Reed" abre o circuito e o led permanece apagado.

Abraço
Guilherme de Almeida

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Discussão Geral / Re: SW 8" MOD
« em: Abril 27, 2009, 11:25:39 pm »
Caros amigos
É claro que se pode improvisar com autocolante imitação de veludo, à venda no AKI e em muitas papelarias. Há uma variedade que larga pêlo e outra que não larga pêlo (ou, mais rigorosamente, não larga tanto pêlo como a outra. Também é preciso ver como é que esse produto se comporta com a humidade da noite.

Pode-se testar, para ver se larga pêlo,  colando fica-cola sobre o pêlo e puxando para ver se aparecem pelos colados à fita-cola.
Mas o verdadeiro produto é o Flocked-Paper da empresa americana PROTOSTAR. O ideal a era a Galáctica ter esse produto à venda. Caso contrário, terá de se mandar vir preferencialmente de um revendedor europeu, devido aos problemas de direitos de importação se o mandarem vir directo dos USA.


Vejam aqui as características do genuíno Flock Paper da Protostar:
http://www.fpi-protostar.com/
http://www.fpi-protostar.com/flock.htm
http://www.fpi-protostar.com/ftp/fp-04-08.pdf
http://www.fpi-protostar.com/flock-faq.htm

Perguntem para aqui: protostar@fpi-protostar.com

Boas observações
Guilherme de Almeida

40
Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 26, 2009, 04:10:44 pm »
Citação de: "Rui"
Citação de: "xumaxer"
No entanto, quando adquiri o meu "novo" FS-102NSV (ainda pouco usado devido ao tempo atmosférico) comecei logo a fazer contas de cabeça quanto à sua performance quando comparado com um C6 que tive anteriormente.
E a ideia inicial foi precisamente retirar os 50mm (já não me recordo bem) correspondentes à OC o que faria com que o C6 se comportasse como um 100mm, ou seja, idêntico ao Taka 4".

Olá. Cuidado com estas subtracções lineares do diâmetro de lentes ou espelhos ou obstruções.
Uma lente com um diâmetro de 10cm (vamos simplificar a medida de uma polegada e assumir o valor de 2,5 cm para a polegada) tem uma área de 78,53 cm2 (A = PI*R^2)
O C6, com um espelho de 15 cm e uma obstrução de 5 cm tem a forma de uma coroa circular, assim a sua área é de 157,08 cm2 (A = PI*(R^2-r^2)).
Assim se vê que o C6 tem uma áera útil que corresponde sensivelmente ao dobro da do Tak 4". A área útil do C6 corresponde à área de um círculo de 14,14 cm (e não de 10 cm como seríamos levados a pensar se nos limitássemos a subtrair os diâmetros dos dois círculos que compõem a coroa circular).
Claro que o C6 tem mais superfícies reflectoras que desperdiçam luz e, em conjunto com a obstrução central podem degradar mais a imagem.

Caros Rui e Xumaxer
Têm ambos razão, mas em contextos diferentes.
Quanto a captar luz, é como diz o Rui. Mas quanto a contraste em observações planetárias, de facto há uma regra prática muito conhecida que diz que, para detalhes de média e baixa frequência espacial (o que é típico dos discos planetários), um telescópio de abertura D e com obstrução central de diâmetro d=eD, é equivalente a um instrumento não obstruído, de qualidade comparável, que tivesse a abertura D'=D–d = D–eD = D (1-e).

Assim sendo, e especificamente para os propósitos atrás referidos, um instrumento de D=150 mm, com e=0,33 é equivalente a um refractor de qualidade comparável e de abertura D'=100 mm, mas capta mais luz (não muito mais, devido ao menor factor de transmissão) do que um refractor de 100 mm.

Boas observações.
GA

41
Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 25, 2009, 09:19:09 pm »
Citação de: "Orion_PKFD"
Citação de: "xumaxer"
Já agora Guilherme, se me puder esclarecer uma coisa, agradecia:
Para observação planetária, como pode um refractor 4" ser melhor que um SCT 8" (all other things being equal)?
Não deverá ser melhor para planetas um tubo com maior abertura? Isso implica mais luz e poder de resolução o que deveria beneficiar a detecção de detalhes

O SCT 8", bem colimado é com certeza melhor para observação planetária, apesar da obstrução central. Objectivas com maior diâmetro conseguem maior resolução (se forem de boa qualidade como é claro).
Olá,
Em condições de muito baixa turbulência (raras) um bom SCT de 8" (203 mm), ou seja, um que não seja dos piores exemplares), estando bem colimado, supera obviamente um refractor de 4  polegadas.

 O problema é que: 1- as noites de tão baixa turbulência não são frequentes; 2-Existem alguns SCT com apreciáveis erros na frente de onda (limões); 3- Um SCT que não seja regularmente colimado degenera rapidamente; 4- nunca fiquei convencido(visualmente) com os SCT, em observação planetária, e já observei através de pelo menos 10 exemplares; 5- os MCT são bastante menos sensiveis a ligeiras descolimações do que os SCT.

Por outro lado, saindo do pressuposto inicial, um refractor de 203 mm supera claramente um SCT de 203 mm. Um Apo de 145 mm supera um SCT de 203 mm em observação visual planetária. Um bom Newtoniano de 203 mm, f/7, ou mais longo, bem colimado, supera qualquer SCT de 203 mm que se lhe apresente.

A obstrução, como sabemos, reduz o contraste, POR COMPARAÇÃO com outro instrumento não obstruído. Mas um acréscimo suficiente de abertura pode compensar e até ultrapassar a má influência da obstrução. Ou seja, se a sua abertura for suficientemente grande, um instrumento obstruído pode sempre superar outro não obstruído, mas de menor abertura. Convém referir que, para igual qualidade óptica, um telescópio com obstrução "e" terá o seu índice de Strehl multiplicado por K= (1-e^2)^2 face a um não obstruído. E este factor K é sempre inferior a UM, excepto no caso de obstrução nula.


Boas observações.
GA

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Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 25, 2009, 01:21:35 pm »
Citação de: "xumaxer"
Foi bastante agradável de seguir, especialmente no que respeita ao pedido de fabricação das 3 lentes em locais diferentes e que por mero acaso foram parar à mesma oficina  :lol:  :lol:  :lol:
ou que a publicitação de grandes amplificações não é nada de novo e já tem uns anos valentes  :lol:  :lol:  :lol:

Viu ON-LINE ?

O caso referia-se às duas lentes (a convergente (em vidro crown) e a divergente (em vidro flint) que uma vez encostadas constituíram a primeira  objectiva acromática da História, em 1733. É de facto uma história muito curiosa. É contada no meu livro Telescópios, página 166.
      http://astrosurf.com/re/indice_telescopios.pdf
      http://astrosurf.com/re/capa%20final_te ... _small.jpg

Abraço
GA

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Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 25, 2009, 11:24:58 am »
Caro Rui
Caro AJC

Na verdade, cada tipo de telescópio tem as suas vantagens e os seus inconvenientes. Como refiro no livro "Telescópios", o reflector de Newton, quando bem construído e colimado, é um instrumento muitíssimo bom. Apenas duas superfícies ópticas contribuem para a imagem primária, mas o tubo é percorrido duas vezes pela luz que vem do astro observado.
Convém referir que para a mesma qualidade óptica final, uma superfície reflectora tem de ser quatro vezes mais rigorosa do que uma superfície refractora. Por outras palavras, para igual defeito da superfície óptica, um espelho estraga a imagem final quatro vezes mais do que uma superfície de uma lente.

Mas os Maks têm a suas vantagens, se bem construídos e colimados, mais uma vez. Afinal, são também duas superfícies reflectoras mais duas superfícies refractoras (as faces do menisco). E  os meniscos  russos são muito bons e com bons fctores de transmissão de luz. É falsa a ideia—muitas vezes espalhada— de que o volume e peso de vidro do menisco impedem o Maksutov (MCT) de ser bom. Por exemplo, um menisco de 180 mm de diâmetro tem uns 16 mm de espessura: é bastante vidro... Mas um refractor Apo tem uma objectiva muito mais espessa: só para terem uma ideia, o meu TMB (de apenas 115 mm) tem uma objectiva de 3,4 cm de espessura (para menor abertura). Um Apo de 180 mm de abertura terá uma objectiva de mais de 42 mm de espessura, bem mais do que a espessura de um Mak de igual abertura. Se um demora tempo a arrefecer, também o outro demora. O problema é o arrefecimento do interior do tubo, e por isso é que eles têm ventilação forçada do interior. No meu caso, para 180 mm de abertura, não posso ter um Newtoniano, por falta de espaço e pelo incómodo das manobras. Este Mak 180 mm f/15, com 26% de obstrução, tem apenas 0,55 m de comprimento. Um newtoniano de 180 mm de abertura, f/6, teria mais de um metro de comprimento e eu já não teria espaço para ele.

Na comparação 80 mm versus 180 mm, não incluí o factor de transmissão do espelho diagonal do refractor. Em rigor deveria tê-lo feito, mas fui tão optimista nos outros factores do Mak Konus/Celestron, que já não valia a pena entrar com as perdas de fluxo luminoso no diagonal do refractor (dado que dei algum optimismo ao Konus). É que esse é um Mak de produção em massa, razoável para o preço, mas não tão cuidado como um Intes-Micro. De notar que vários utilizadores têm mencionado melhoria de qualidade retirando um vidro (praticamente vidro de janela) que vem de fábrica para selar a entrada de pó na traseira. Retira-se, e pronto. Aliás nenhum Mak de topo traz isso de fábrica e os tubos tapam-se com tampas quando não estão em uso. Ou então insere-se no seu lugar um vidro de qualidade.

No caso dos SCT, a curvatura (não esférica) do corrector de Schmidt não se pode fazer com qualidade e a baixo preço. Fazem-nos à pressa, para conter custos, o que dá oportunidade de que saiam bastante abaixo das exigências a que deveriam obedecer. Poucos sabem que na indústria esses correctores são feitos em menos de meia hora. Nem sequer o perfil da lâmina de Schmidt é feito obedecendo  aos primeiros três termos da expressão matemática que o descreve: ficam-se pela aproximação do primeiro termo, para conter custos e mesmo assim o fabrico é apressado. Por outro lado, um menisco de Maksutov, esmerilado e polido com o devido tempo, e sem pressas, demora muito mais tempo a fazer. Por isso é que, por exemplo, o Mak 180 da Meade custava mais do que um SCT da mesma marca e de 10 polegadas (254mm). Ou seja, por outras palavras,um menisco de Maksutov estará quase sempre mais próximo da funcionalidade teórica do que um corrector de Schmidt.

Espero que tenham gostado da palestra de ontem (24/04/2009), também visível on-line.

Boas observações
GA

44
Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 24, 2009, 05:22:36 pm »
Citação de: "Rui"
Caro Guilherme de Almeida
Como sempre, uma boa análise a ter em conta todos os factores...
Mas, aposto que quando foi feita a comparação, o Apo também tinha uma diagonal inserida (porquê considerar a diagonal para o Mak e não para o Apo?
Assim, se considerarmos uma transmissão de 88% para o espelho da diagonal, temos um valor inferior para o Apo: 0,94X0.88=0.8272% de transmissão da luz. Este novo valor dá uma abertura para o Apo de 72,7mm (se considerássemos uma transmissão de 100%). Claramente inferior à do Mak.
Mas concordo que são valores muito próximos e que havendo diversos componentes no Mak, seja mais provável que incorrecções da curvatura dos espelhos ou no seu alinhamento anulem essa vantagem.
Daí eu ter optado por maiores aberturas, tipo 8" e 12,5" as quais, com uma boa colimação deixam um Mak de 130mm de abertura a milhas.
Cmpts e boas observações.
Rui Costa

Caro Rui
Refere-se à comparação" Apo ED 80 mm versus MCT de 130 mm" ou à comparação "Apo TMB 115 mm versus Mak de 150 mm"?
GA

45
Discussão Geral / Re: Quando 80 mm vence um 130mm
« em: Abril 24, 2009, 10:52:02 am »
Caro Rui
A área útil (de entrada de luz) só é um critério válido se o factor transmissão de luz for o mesmo.
E não o é. Nem nada que se pareça. Muitos Maks são usados com 3 espelhos (incluindo-se o espelho diagonal). E ainda a obstrução e ainda a transmissão através do menisco...

Vejamos uma comparação realista:  
O factor global de transmissão do fluxo luminoso, nesse Mak, dificilmente irá além de 0,57***.

A área útil desse Mak, calculada para um equivalente e 100% de transmissão será de 98 mm.
O ED 80,  tendo a conta 94% de transmissão da sua objectiva, será equivalente a uma abertura (que transmitisse 100%) de 80xSQR(0,94), ou seja, de 77,6 mm.  Ou seja, embora pareça um salto enorme de 80 mm para 130 mm, a grande desigualdade dos factores de transmissão dos dois instrumentos reduz fortemente a vantagem efectiva, que passa de 77,6 mm para 98 mm, diferença bem menos notória. Diferenças adicionais de descolimação ou de algum componente menos cuidado, eliminarão esta pequena vantagem à partida.

Uma obstrução e=d/D  equivale a uma factor adicional de transmissão de luz com valor (1-e^2). Por exemplo, para e=0,33, esse factor adicional equivalente, produzido pela obstrução, será 1-0,1089=0,8911.

Dificilmente um Mak com aluminização standard dará mais de 60% de transmissão global de luz, contra uns 94% num refractor "médio mais". Ou seja, em termos de luz (puramente) um Mak precisa de ter uma abertura maior do que o salto de 80 mm para 130 mm. COm espelhos de reflexãomelhorada, e bons tratamentos anti-reflexo no menisco, a coisa melhora.

Mas, em termos de resolução, o MAk 130, se for bom, ultrapassa  o Apo ED de 80 mm. O problema é que o Mak 130 da Celestron/Konus tem "uma nódoa negra" de origem. Há um vidro de baixa qualidade a selar a entrada de pó dentro do porta-oculares. É de baixa qualidade e compromete a qualidade geral desse Mak 130 Celestron (ou Konus). Se esse Mak é apenas médio, sem o filtro transparente, com tal filtro a coisa piora...
*** Se a atenuação de luz neste filtro for tida em conta, sendo da ordem de 94% (optimista), a abertura eficaz de 98 mm acima
referida passa para 98xSQR(0,94)=95 mm

Boas observações
GA

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