Mostrar Mensagens

Esta secção permite-lhe ver todas as mensagens colocadas por este membro. De realçar que apenas pode ver as mensagens colocadas em zonas em que você tem acesso.


Tópicos - Guilherme de Almeida

Páginas: 1 2 [3] 4 5
31
Limpeza e Manutenção / Pólen em superfícies ópticas
« em: Maio 19, 2007, 03:41:27 pm »
Caros amigos

Aqui está um link que aborda o problema do pólen em superfícies ópticas, nada fácil de limpar:

http://www.weasner.com/etx/alerts/pollen.html

E vejam também este link:
http://www.weasner.com/etx///////////// ... ollen.html


Abraço
Guilherme de Almeida

32
Discussão Geral / Refractores versus reflectores
« em: Abril 11, 2007, 03:18:55 pm »
Caros amigos

Ao comparar telescópios refractores com reflectores, a questão não se baseia só em comparar as áreas das objectivas, mesmo subtraindo a área da obstrução (quando há obstrução). É que essa comparação, feita desse modo, só faz sentido se o factor de transmissão de luz for igual entre os diversos telescópios comparados.
Um bom refractor apresenta um factor de transmissão de luz, para a óptica principal, de 93% a 97%. Um Maksutov-Cassegrain (MCT), ou um Schimdt-Cassegrain), onde há 3 espelhos a considerar (aceitando que está um espelho diagonal montado), além da lente correctora (menisco)  tem um factor de transmissão global da odem de 65 a 80%, dependendo do tipo de espelhagem. Sempre para a óptica principal, pois a ocular entra de igual modo nos vários telescópios.

A título de comparação real, comparei o meu MCT Intes Micro de 150 mm f/10 (um excelente instrumento, diga-se) com o meu refractor Apo TMB de 115 mm f/7. Da experiência feita, com cuidado e sem pressas, verifiquei que não havia nenhuma estrela, por menos brilhante que fosse, detectável já no limite no MCT de 150 mm que não fosse detectável, pelo menos tão bem, no Apo 115 mm. Bem me esforcei, e até repeti o teste várias vezes. Procurei uma estrela quase no limite de visibilidade do MCT de 150 mm; passei para o TMB Apo 115 mm (montado mesmo ao lado) e lá estava a estrela. Tão visível ou levemente melhor do que no MCT de 150 mm.

Além da questão do factor de transmissão, acontece que no Aoo se consegue focar estrelas em imagens mais pequenas, dando origem a grande concentração de luz; no MCT as imagens estelares não eram tão bem definidas e, sendo menor a concentração de luz, as estrelas muito fracas não se evidenciam tanto como no Apo. É claro que se fosse um MCT ainda maior, o Apo 115 mm perderia.
Para detalhe nos planetas, estimo que o MCT equivalente seria da ordem de 7 polegadas, baseado numa obstrução de 35%.

Para observação planetária em pormenores de baixo contraste (em baixa e média frequância espacial), estima-se que um telescópio obtruído de abertura D, com diâmetro linear de obstrução d, é equivalente a um telescópio não obstruído, de qualidade similar, que tivesse a abertura D' tal que D'=D–d.

Por exemplo, se D=200 mm e se a obstrução for x=d/D=35%, então
d=0,35xD=70 mm.
Neste caso o telescópio não obstruído equivalente terá a abertura
D'=200-70=130 mm.

Estas questões (e muitas outras sobre telescópios) são abordadas com detalhe no livro "Telescópios".
Mais informação em:
http://www.astrosurf.com/re/capa%20fina ... _small.jpg
Este livro pode ser adquirido, em condições vantajosas,
na Galáctica (http://www.gem51.com). Basta procurar, neste site, em "LIVRARIA".

NOTA: Há mais informações no meu outro post deste Fórum, na secção qualidade óptica (a contar do início dessa secção, é o post n.º 5)
Boas observações
Guilherme de Almeida

33
Actividades e Eventos / Exposição de ASTROFOTOGRAFIA
« em: Abril 05, 2007, 10:16:27 pm »
Caros amigos
 
Está à vossa espera uma belíssima exposição de astrofotografia no Centro de Interpretação ambiental, na Ponta do Sal, junto a São Pedro do Estoril, o local da actual "sede" do Nuclio.
 
Lá podem ver-se, em magníficos "resizes", impressas em grande dimensão e qualidade impecável, belas imagens da autoria de Pedro Ré, Paulo Bénard Guedes e Filipe Alves.
 
Sem desprestígio para os astrofotógrafos expostos, é pena não estarem lá também fotos de Luis Ramalho, António Cidadão e Paulo Casquinha.
 
Quem não conseguir "dar com o sítio" pode ver aqui:
http://www.cm-cascais.pt/Cascais/Viver/Ambiente/POOC/Ponta.htm
 
Boas visitas.
Guilherme de Almeida

34
Observatórios / Exemplos e modelos de observatórios para amadores
« em: Março 14, 2007, 02:46:16 pm »
Observatórios astronómicos de amadores em PORTUGAL

Caros amigos
Esta é uma matéria sobre a qual existe imenso interesse e curiosidade.

No link  http://www.astrosurf.com/re/amateur.html
todos os interessados podem encontrar numerosos exemplos, (52 exemplos !!!) de observatórios de amadores portugueses, com fotos detalhadas. Lá poderão ver muito onde se inspirarem , desde os observatórios mais simples (de janela), até aos mais elaborados, avançados e bem equipados. Trata-se um manancial de informação prática muito valioso, a não perder.
Em alguns casos até se mostram fotos das fases sucessivas de construção, passo a passo!

Boas observações para todos
Guilherme de Almeida

35
Caros amigos.

O meu outro tópico (Tamanho da imagem em função da distância focal da objectiva)dá indicações sobre como calcular o tamanho na película fotográfica, ou no CHIP de CCD, de um dado objecto, conhecida a distância focal do sistema fotográfico utilizado e o tamanho aparente(ou tamanho angular) do objecto referido.
Vamos nesta outra mensagem ver como se determina a distância focal equivalente quando se faz astrofotografia afocal. De facto, é a distância focal equivalente que determina o tamanho da imagem de um dado objecto, no "plano focal".

De facto, esta distância focal equivalente, f(equiv) pode obter-se do seguinte modo:
f(equiv)= distância focal da câmara a multiplicar pela amplificação do telescópio.

Para melhor comprender isto, basta pensar na câmara fotográfica como se ela fosse um olho acoplado à ocular. O olho vê a imagem aplificada (por exemplo) 30x porque a distância focal do olho ligado a esse telescópio, com essa ocular é  multiplicada por 30. Como a distância focal nativa do olho (descontraído=focado a infinito ) é de cerca de 22 mm, olhando por um telescópio de 30x a distânci a focal equivalente do conjunto olho+telescópio é 22x30=660 mm. Logo, a imagen projectada no fundo da retina será 30 vezes maior (linearmente) do que a olho nu, visto que para um dado objecto o tamanho da imagem é directamente proporcional à distância focal da obectiva utilizada.

Consideremos agora (em vez do olho) uma câmara fotográfica comum, com objectiva de 50 mm, montada em afocal, nesse mesmo telescópio. Nesse caso, o conjunto câmara+telescópio passa a ter uma distância focal  equivalente de 30x50 mm= 500 mme as imagens formadas na película (ou no Chip CCD) são 30 vezes maiores, linearmente (ou 30^2=900 vezes maiores, em área aparente), do que se fotografasse directamente só com  a objectiva de 50 mm.
MAS veja-se que se chega exactamente ao mesmo resultado por outro caminho:
f(equiv)=Distância focal do telescópio a multiplicar pelo factor amplificador do conjunto ocular+objectiva da câmara.

Esse factor amplificador é distância focal da objectiva da câmara a dividir pela distância focal da ocular. Portanto, a distância focal equivalente
f(equiv) será:

f(equiv)=f(telescópio)x f(câmara)/f(ocular), o que  vem a dar o mesmo que
f(equiv)= [f/(telescópio)/f(ocular)]xf(câmara).

Ora, como f/(telescópio)/f(ocular)= amplificação do telescópio, segue-se que
f(equiv)= amplif. do telescópio x f(câmara),
o que vem a coincidir com a expressão anteriormente referida.

Como foi referido, a imagem de um dado objecto, fotografado à mesma distância (no caso de um telescópio em uso astronómico será a uma distância "praticamente infinita") tem um tamanho linear que é directamente proporcional à distância focal da objectiva utilizada. Se a Lua tem 4 mm de diâmetro na película, fotografada com uma objectiva de distância focal f, se usar outra objectiva com distância focal 10xf a imagem da Lua, nessa mesma ocasião medirá 10x4mm=40 mm de diâmetro na película. Este dado é rigoroso, tão rigoroso quanto o rigor com que são conhecidas as distâncias focais envolvidas no cálculo.

Boas observações
Guilherme de Almeida

36
Genéricas / Uma experiência (de observação) de Verão
« em: Março 14, 2007, 02:03:55 pm »
Caros amigos

Podem ver neste link directo, uma experiência de Verão, intencionalmente com equipamento "fraco", que fiz há alguns anos.

Foi uma experiência de observação do céu profundo, utilizando propositadamente uma abertura relativamente pequena (90 mm) , um tripé fotográfico vulgar e um local que poderei considerar, quanto a ausência de puluição luminosa como "suficiente menos". Mesmo assim, vejam o que se consegue.
Tudo em:
http://astrosurf.com/apaa/GA/ExpVerao2a.pdf

Boas observações
Guilherme de Almeida

37
Discussão Geral / Comportamento térmico dos telescópios newtonianos
« em: Fevereiro 19, 2007, 07:54:25 pm »
Caros amigos

Nos seguintes links podem encontrar ampla informação sobre esta temática tão fascinante.
Indispensável para conhecimento de quem utiliza  telescópios de Newton, quer estejam em montagem equatorial quer sejam dobsonianos.

Trata-se da problemática do calor dentro do tubo, as correntes térmicas, o ar quente encostado à superfície do primário (a chamada camada térmica de fronteira

É o comportamento térmico dos telescópios newtonianos que limita muitas vezes as suas capacidades quanto a observação lunar e planetária, mas há (felizmente) técnicas aplicáveis, capazes de minimizar e controlar este problema.
Aqui vão os links:
http://www.fpi-protostar.com/bgreer/sep2000s%26t.htm

http://www.fpi-protostar.com/bgreer/may2004s%26t.htm

http://www.fpi-protostar.com/bgreer/june2004s%26t.htm

http://www.fpi-protostar.com/bgreer/mis ... select.htm

http://www.fpi-protostar.com/bgreer/mis ... seeing.htm

E há muito mais links úteis, dentro dos referidos...como poderão ver,
Boas observações
Guilherme de Almeida

38
Aqui vai uma informação útil aos potenciais interessados

Curso sobre aquisição e processamento de imagens CCD

A realizar antes ou depois da Páscoa 2006 nas instalações do Observatório de Fronteira (Ribeira Grande)). O Observatório de Fronteira encontra-se junto à Vila de Fronteira, na margem da ribeira de Avis, a norte da cidade de Estremoz e a sudoeste da cidade de Portalegre.

O referido curso terá que ser limitado a um número máximo de 20 participantes. Precisamos de inscrições prévias para que possamos programar as actividades. Por isso, dado que o número de inscrições é limitado, os interessados deverão apressar a sua incrição antes que a lotação esgote.
Em princípio o curso decorrerá durante 3 a 4 fins de semana no local
(teóricas e práticas "hands on"). O observatório está muito bem equipado: na cúpula encontra-se:

--montagem Paramount ME;
--telescópio Celestron SCT C14 (14 polegadas de abertura (356 mm);
--telescópio Takahashi Apo TOA 150 (150 mm f/7,33).

O observatóro possui espaços anexos, instalações auxiliares e diversas "facilities" úteis à prática da observação e à realização de actividades como este curso.

As inscrições provisórias podem ser enviadas para o email da APAA:
mailto:apaadir@clix.pt
Vejam algumas imagens do observatório de Fronteira (Ribeira Grande) em:

http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-01.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-02.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-03.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-04.jpg

Para informações detalhadas, e condições do curso, por favor contactem Pedro Ré através do e-mail mailto:pedro.re@mail.telepac.pt

Boas observações
Guilherme de Almeida

39
Actividades e Eventos / Curso de Astrofotografia em PORTUGAL
« em: Fevereiro 07, 2007, 02:06:39 pm »
Aqui vai uma informação útil aos potenciais interessados

Curso sobre aquisição e processamento de imagens CCD

A realizar antes ou depois da Páscoa nas instalações do Observatório de Fronteira (Ribeira Grande)). O Observatório de Fronteira encontra-se junto à Vila de Fronteira, na margem da ribeira de Avis, a norte da cidade de Estremoz e a sudoeste da cidade de Portalegre.
 
O referido curso terá que ser limitado a um número máximo de 20 participantes. Precisamos de inscrições prévias para que possamos programar as actividades. Por isso, dado que o número de inscrições é limitado, os interessados deverão apressar a sua incrição antes que a lotação esgote.

Em princípio o curso decorrerá durante 3 a 4 fins de semana no local
(teóricas e práticas "hands on"). O observatório está muito bem equipado: na cúpula encontra-se:

--montagem Paramount ME;
--telescópio Celestron SCT C14 (14 polegadas de abertura (356 mm);
--telescópio Takahashi Apo TOA 150 (150 mm f/7,33).

O observatóro possui espaços anexos, instalações auxiliares e diversas "facilities" úteis à prática da observação e à realização de actividades como este curso.

As inscrições provisórias podem ser enviadas para o email da APAA:
mailto:apaadir@clix.pt
Vejam algumas imagens do observatório de Fronteira (Ribeira Grande) em:

http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-01.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-02.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-03.jpg
http://astrosurf.com/re/observatorio_fr ... 917-04.jpg

Para informações detalhadas,  e condições do curso, por favor contactem Pedro Ré através do e-mail  mailto:pedro.re@mail.telepac.pt

Boas observações
Guilherme de Almeida

40
Caros amigos

Aqui vai o link para uma explicação detalhada do modo de uso das oculares astrométricas Baader/Celestron e Meade. O link é este:

http://www.med.syrma.net/circulares/cir ... ed_001.pdf

Vai dar a um pdf , em espanhol, muito bem explicado mas extenso, formado por várias partes.

Numa primeira parte fala-se de resultados.

Na segunda parte apresenta-se uma review comparativa entre estas duas oculares Celestron/Baader, porum lado e Meade por outro lado.

Na terceira parte mostra-se a justificação dos cálculos e a determinação das constantes da escala consoante o telescópio usado.

Na quarta e última parte mostra-se o modo de fazer as observações e os cálculos, usando estas escalas.

Em Portugal, estas oculares podem ser facilmente encontradas e adquiridas nas lojas que já conhecemos.

Por ordem alfabética:
Astrofoto http://www.astrofoto.com.pt
Brightstar http://www.bstar-science.com
Galáctica http://www.gem51.com
Perseu http://www.perseu.pt


Boas observações.
Guilherme de Almeida

41
Dados sobre o factor de transmissão de luz de diversas oculares, de diferentes tipos e marcas.

Muitas vezes interrogamo- nos: será que esta ocular que aqui tenho deixa passar 90 %, 92 %, ... 97% do fluxo luminoso que recebe da objectiva do meu telescópio ?

Diz-se por vezes que uma ocular com 6 elementos deixa passar menos luz que uma de 3 ou 4 elementos. Até que ponto isto é significativo?

E os efeitos dos tratamentos anti-reflexo? Que efeitos terão na prática? Serão efeitos significativos ou não?

E como varia este factor de transmissão com o comprimento de onda da luz ?
Estes dados são úteis , como comparação, e estão tabelados no link seguinte:

http://www.teleskop-service.de/Transmis ... htm#PA15mm
http://www.amateurastronomie.com/Astron ... /tips3.htm
OUTROS LINKS sobre o tema, com outras oculares:
http://www.cloudynights.com/analysis/ey ... img13.html
http://www.cloudynights.com/analysis/ey ... img14.html

Boas consultas
Guilherme de Almeida

42
Discussão Geral / Caracterização dos astrónomos amadores no Brasil
« em: Dezembro 18, 2006, 08:28:42 pm »
Que tipo de pessoas são os astrónomos amadores brasileiros?
Profissões mais representadas?
Qual a percentagem de homens e mulheres na astronomia amadora brasileira?
Qual é a distribuição por idades?
Qual é a distribuição geográfica desta actividade no Brasil?
Qual é a percentagem dos que professam uma religião?
Qual é a percentagem dos que acreditam na ASTROLOGIA?


Para saber isto e muito mais, (recomendado!!!), por favor acedam ao link

http://www.revistamacrocosmo.com/edicoes/macrocosmo37/

e em seguida cliquem na capa da revista.

Depois o Win Rar descompacta e verão o Censo astronómico 2005, que abrange imensos aspectos muito interessantes.
É muito bom para imprimir e ler com calma. Ficaremos a conhecer melhor a realidade dos astrónomos amadores brasileiros.
 
Todos os números desta revista (que só se publica on-line) podem ser acedidos em

http://www.revistamacrocosmo.com
 
Estão já publicados na net três anos de REVISTA MACROCOSMO, ou seja, 36 números, todos acessíveis através do último link indicado. Todos os números estão em pdf.
Consulta a não perder. Estão lá (grátis) imensos artigos de todos os géneros e para todos os gostos.
 
Abraço amigo
Guilherme de Almeida

43
Dado que este assunto interessa  tanto para astrofotografia analógia como digital, coloco aqui a informação.

Qual é o tamanho da imagem de um dado objecto, no plano focal de um telescópio,
em função da distância focal da objectiva?


Vamos ver que calcular essas dimensões é bem mais fácil do que parece.

1. Ora bem, um objecto de tamanho aparente T1, em graus (º), no caso de se utilizar um telescópio de distância focal nativa f (em milímetros), vai aparecer no plano focal com o tamanho linear, em milímetros, dado por
d=fxT1/57,296
Exemplo: um objecto de 1º com uma objectiva de f=900 mm vai aparecer com d=900x1/57,296=15,71 mm.
Para pequenos ângulos verifica-se a proporcionalidade directa, pelo que no mesmo caso, um objecto com 0,1º apareceria com 1,571 mm.


2. Um objecto com o tamanho aparente T2, em minutos de arco ('), vai aparecer, no plano focal de um telescópio de distância focal f (em milímetros,) com o tamanho linear dado por
d'=fxT2/3437,8
Exemplo: com f=1000 mm, um objecto com T2=12' vai aparecer no plano focal com d'=1000x12/3437,8=3,39 mm.
Tendo em conta a proporcionalidade directa atrás referida, se o objecto tivesse um tamanho aparente de 24', a sua imagem, no plano focal do mesmo telescópio mediria 6,78 mm. Se o objecto medisse aparentemente 6', a imagem mediria metade de 3,39 mm.


3. Um objecto com o tamanho aparente T3, em segundos de arco ('') vai aparecer, no plano focal de um telescópio de distância focal f (em milímetros,) com o tamanho linear dado por
d''=fxT3/206265
Exemplo, um planeta com o diâmetro aparente de 14'', no caso de se utilizar um telescópio com a distância focal nativa de 1200 mm vai originar uma imagem no plano focal desse telescópio, com o diâmetro d''=1200x14/206265=0,0814 mm.

Notas importantes:
A-Deste último exemplo pode concluir-se o interesse na utilização de grandes distâncias focais para que as imagens dos planetas tenham dimensões suficientes para revelar detalhes, seja em fotografia digital seja em fotografia analógica.

B- Distância focal nativa de um telescópio é a distância focal sem recurso a dispositivos modificadores dessa distância focal: redutores de focal, lentes de Barlow, projecção positiva por oculares, etc.
Usando esses dispositivos modificadores, a distância focal que deverá entrar nos cálculos será a distância focal equivalente obtida mediante tais dispositivos. Se o astrofotógrafo utilizar, por exemplo, um telescópio de 900 mm de distância focal, com um dispositivo que triplique a distância focal, deverá utilizar nos
cálculos o valor f=3x900 mm=2700 mm.

C- Para a mesmo objecto, o tamanho linear da imagem é directamente proporcional à distância focal. Por exemplo, duplicando a distância focal, a imagem de um dado planeta, no plano focal, será duas vezes maior.

D- Estes cálculos podem inverter-se com vista a calcular a distância focal necessária de modo a produzir uma imagem (de um dado objecto) com o tamanho pretendido. Por exemplo suponha-se que numa dada ocasião Júpiter apresenta um tamanho aparente de 48". Qual deverá ser a distância focal para que a imagem apresente 1,5 mm de diâmetro?
De d''=fxT3/206265 obtemos f=206265xd''/T3
e consequentemente f=206265x1,5/48=6445,8 mm, aprox. 6,445 m


Espero que os cálculos que agora mostrei sejam úteis aos potenciais interessados.

Guilherme de Almeida

44
Qual é o tamanho da imagem de um dado objecto, no plano focal de um telescópio,
em função da distância focal da objectiva?


Vamos ver que calcular essas dimensões é bem mais fácil do que parece.

1. Ora bem, um objecto de tamanho aparente T1, em graus, no caso de se utilizar um telescópio de distância focal nativa f (em milímetros), vai aparecer no plano focal com o tamanho linear, em milímetros, dado por
d=fxT1/57,296
Exemplo, um objecto de 1º com uma objectiva de f=900 mm vai aparecer com d=900x1/57,296=15,71 mm.
Para pequenos ângulos verifica-se a proporcionalidade directa, pelo que no mesmo caso, um objecto com 0,1º apareceria com 1,571 mm.


2. Um objecto com o tamanho aparente T2, em minutos de arco,  vai aparecer, no plano focal de um telescópio de distância focal f (em milímetros,) com o tamanho linear dado por
d'=fxT2/3437,8
Exemplo: com f=1000 mm, um objecto com T2=12' vai aparecer no plano focal com d'=1000x12/3437,8=3,39 mm.
Tendo em conta a proporcionalidade directa atrás referida, se o objecto tivesse um tamanho aparente de 24', a sua imagem, no plano focal do mesmo telescópio mediria 6,78 mm. Se o objecto medisse aparentemente 6', a imagem mediria metade de 3,39 mm.


3. Um objecto com o tamanho aparente T3, em segundos de arco vai aparecer, no plano focal de um telescópio de distância focal f (em milímetros,) com o tamanho linear dado por
d''=fxT3/206265

Exemplo, um planeta com o diâmetro aparente de 14'', no caso de se utilizar um telescópio com a distância focal nativa de 1200 mm vai originar uma imagem no plano focal desse telescópio, com o diâmetro d''=1200x14/206265=0,0814 mm.

Notas importantes:
A-Deste último exemplo pode concluir-se o interesse na utilização de grandes distâncias focais para que as imagens dos planetas tenham dimensões suficientes para revelar detalhes, seja em fotografia digital seja em fotografia analógica.

B- Distância focal nativa de um telescópio é a distância focal sem recurso a dispositivos modificadores dessa distância focal: ou seja, sem recorrer a redutores de focal, lentes de Barlow, projecção positiva por oculares, etc.
Usando esses dispositivos modificadores, a distância focal que deverá entrar nos cálculos será a distância focal equivalente obtida mediante tais dispositivos. Se o astrofotógrafo utilizar, por exemplo, um telescópio de 900 mm de distância focal, com um dispositivo que triplique a distância focal, deverá utilizar nos
cálculos o valor 3x900 mm=2700 mm.

C- Para a mesmo objecto,  o tamanho linear da imagem é directamente proporcional à distância focal. Por exemplo, duplicando a distância focal, a imagem de um dado planeta, no plano focal, será duas vezes maior.

D- Estes cálculos podem inverter-se com vista a calcular a distância focal  necessária de modo a produzir uma imagem (de um dado objecto) com o tamanho pretendido. Por exemplo suponha-se que numa dada ocasião Júpiter apresenta um tamanho aparente de 48". Qual deverá ser a distância focal para que a imagem apresente 1,5 mm de diâmetro?
De d''=fxT3/206265 obtemos f=206265xd''/T3
e consequentemente f=206265x1,5/48=6445,8 mm, aprox. 6,445 m

Espero que estes cálculos, agora disponibilizados, sejam úteis aos potenciais interessados.

Guilherme de Almeida

45
O Sol visto de céus alheios

O nosso Sol, visto de  outros lugares do Universo, vai apresentando, como se sabe, menos brlho à medida que  nos afastamos dele. Qual é a sua magnitude visual aparente nessas condições?

Calculei, caso a caso*, a magnitude visual aparente do Sol, visto de vários pontos do Universo.


Visto de..........A magnitude aparente (m) do Sol é ..
Mercúrio ..............–28,8
Vénus.................. –27,4
Terra....................–26,8
Marte...................–25,8
Júpiter ................ –23,2
Saturno............... –21,9
Úrano.................. –20,4
Neptuno ............. –19,4
Plutão................. –18,8
Um ano-luz..........  –2,8
5 a.l. ................... +0,7
10 a.l.  ................. +2,2
100 a.l. ............... +7,2
500 a.l. ..............  +10,7
1000 a.l. ............. +12,2
10 000 a.l. .......... +17,2
100 000 a.l. ........ +22,2
1 000 000 a.l. .....+27,2  

Nota: Os valores da magnitude aparente solar acima de 1000 a.l. pressupõem que não haja absorção da luz por matéria interestelar. Só nesse pressuposto é que são valores correctos. Caso contrário, as correspondentes magnitudes serão um pouco maiores (menos brilho)  
Espero que achem estes números interessantes e que eles dêem uma visão mais ampla do aspecto que o nosso Sol apresenta, quando visto de diferentes distâncias. Isto poderá, também, satisfazer algumas curiosidades dos membros deste interessante Fórum.
*Mais uma vez, o fundamento (e a demonstração) destes cálculos podem ser encontrados nos Temas de Desenvolvimento (TD) do nosso livro "Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas".

Boas observações
Guilherme de Almeida

Páginas: 1 2 [3] 4 5